sábado, 22 de outubro de 2011

Nova rede social vai dividir lucro de anúncios com os usuários


Uma rede social que paga pelos posts dos seus usuários. Sonho? Na verdade não. Desde a última terça-feira, isso é uma realidade com o lançamento do Chime.in. Essa rede, criada pela UberMedia (que já desenvolveu vários aplicativos populares como o Echonfon), possibilita aos usuários compartilhar fotos, links, vídeos e textos de até dois mil caracteres e devolverá a eles metade da renda obtida com anúncios em seus perfis. Já as pessoas e empresas que venderem o espaço por elas mesmas ficarão com 100% do valor da publicidade. 


O sistema de pagamento aos usuários tem como objetivo não apenas recompensá-los, mas também utilizar o dinheiro como um atrativo para que as pessoas entrem nessa nova rede social e participem dela ativamente, um verdadeiro desafio para as novatas nesta época de ouro do Facebook e do Twitter. No Chime.in, é possível criar até cinco tópicos de "interesses" para cada post (chamado de chime na rede) e assinar feeds a partir dessas tags. Além disso, dá para seguir as pessoas, como no Twitter, mas com um filtro extra por conteúdo.


De acordo com o CEO da UberMedia, Bill Gross, a renda dividida com o usuário vai atrair conteúdos de qualidade ao Chime.in. “Empresas também se beneficiariam do novo sistema, garante o CEO, uma vez que poderiam efetivamente ter lucro com o conteúdo disponibilizado na rede, em vez de depender de seus sites oficiais - para onde os usuários nem sempre vão quando um link é compartilhado. Gross cita celebridades, produtoras de filme, série de TV e grupos de mídia como algumas das pessoas jurídicas que podem tirar proveito do sistema, e afirma que Disney, E! Entertainment, Universal Pictures e Bravo TV já se registraram na rede social”, informa o portal de notícias Huffington Post em uma matéria publicada nesta semana.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NTY lucra e equilibra finanças com assinaturas dos usuários na web


Até pouco tempo cobrar pelo acesso aos webjornais na internet era algo inadmissível ao público. O New York Times está provando que é possível sobreviver e lucrar cobrando dos usuários. O webjornal anunciou que as assinaturas na web estáo gerando lucros e permitindo equilibrar a redução da publicidade.

Entre julho e setembro deste ano houve um retorno de 15, 7 milhões de dólares. Uma contrapartida favorável em relação a perda de 4,3 milhões do trimestre anterior. Também houve uma queda nos custos operacionais do webjornal em 3,6%.

Atualmente, o número de assinaturas na internet è de 324.000. Quanto ao jornal impresso NYT, também foi dada a boa notícia de que a publicidade recebeu um crescimento de 10,4% nos últimos meses.

Apesar de cobrar pelo acesso online, NYT.com continua a ser o site de webjornal mais visitado do mundo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cidadãos poderão entrevistar chanceler alemã pelo YouTube

O governo da Alemanha decidiu utilizar o YouTube para ampliar a interação dos cidadãos com a chanceler do país, Angela Merkel. Está aberto desde a última quarta-feira (19) um canal próprio no site de compartilhamento de vídeos mais famoso da Web que permite aos internautas fazer perguntas à chanceler. Além disso, é possível avaliar as questões apresentadas, para escolher as dez melhores que Merkel irá responder a partir do dia 18 de novembro.

Para participar da entrevista à chanceler, os internautas não precisam ter uma conta própria no YouTube ou no Google. Com relação às perguntas, elas podem ser enviadas por texto ou através de um vídeo.

Uma nota oficial do departamento de imprensa do governo da Alemanha ressalta que "após as experiências positivas com o Twitter, o governo federal amplia sua comunicação através da internet no âmbito das redes sociais com o intuito de chegar aos usuários dos novos meios de comunicação", segundo informações do portal Terra, que noticiou o fato nesta semana.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Infografia mostra como o conteúdo é compartilhado na rede

A maior plataforma de compartilhamento de dados, a AddThis, está completando cinco anos. Para comemorar a data, eles publicaram uma infografia que mostra as tendências dos usuários quando compartilham conteúdo, como a hora de maior uso, dias da semana, as redes sociais que mais cresceram...

AddThis é uma plataforma que disponibiliza bookmarking. Essa é uma forma de divulgar artigos de sites e blogs na internet, possibilitando a que estes sejam visitados, comentados e votados pelos visitantes. O acesso ao serviço é simples, basta fazer um registro no site.

O infográfico foi feito a partir da experiência da plataforma, que permite aos seus usuários compartilhar mais de 300 destinos em aproximadamente 70 idiomas. São utilizados ainda cerca de 10 milhões de websites, alcançando 1,2 bilhão de pessoas a cada mês.



Entre os dados mais destacados estão:
  • A hora do dia que mais se compartilha conteúdo é as 9h30. 
  • O dia da semana com mais compartilhamento é a quarta-feira. 
  • O Twitter é o primeiro da lista dos sites, para recomendar conteúdo, com maior crescimento dos últimos tempos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Comitê prevê 80% dos lares brasileiros com internet até 2015

Até 2015, 80% dos lares brasileiros poderá dispor de internet. Esta é a estimativa do Comitê Gestor da Internet (CGI.br). De acordo com o Comitê, apenas 27% dos lares estão conectados atualmente e o total de residências que possui computador é de 35%.

“Entre os fatores que poderão ajudar a massificar as conexões são o triunfo de projetos como o Programa Nacional de Banda Larga, a ascensão social e ainda a criação de novos planos de acesso para incluir a população”, disse o conselheiro do CGI.br, Demi Getschko, na abertura do I Fórum de Internet no Brasil, que aconteceu na semana passada, em São Paulo, com a participação de membros da sociedade civil, representantes do governo, reguladores de internet e usuários comuns.

Outra previsão do Comitê é de que 100% dos usuários brasileiros de internet usem redes sociais até 2014 (comparado com os atuais 67%). No evento, Demi Getschko ressaltou que é necessária a criação de “medidas preventivas que previnam que os usuários fiquem totalmente nus perante as empresas de internet, que conhecem os hábitos de navegação, ao mesmo tempo em que não se comprometa a liberdade de uso”. As informações são do portal Folha.com, que publicou uma matéria sobre o assunto na última quinta-feira (13).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pensar dói?


Por Thomaz Wood Jr.

Reproduzimos aqui o texto publicado na revista Carta Capital, de Thomaz Wood Jr, que escreve sobre gestão e administraçao, e traz uma importante reflexão sobre como as novas tecnologias, em especial a internet, nos aproximam demais da notícia, da informação, dos dados, mas nos distanciam do pensamento reflexivo e criativo. Estamos tão envolvidos e o comprometidos com o ambiente digital que mal temos tempo para pensar sobre esse excesso de conhecimento. Eis uma oportunidade.

"Em texto publicado no New York Times, Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia, argumenta que vivemos em uma sociedade na qual ter informações tornou-se mais importante do que pensar: uma era pós-ideias. Gabler é o autor, entre outras obras, de Vida, o Filme (Companhia das Letras), no qual afirma que, durante décadas de bombardeio pelos meios de comunicação, a distinção entre ficção e realidade foi sendo abolida. O livro tem o significativo subtítulo: Como o entretenimento conquistou a realidade

No texto atual, Gabler troca o foco do entretenimento para a informação. Seu ponto de partida é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo. De fato, é paradoxal verificar que nossa era, com seus gigantescos aparatos de pesquisa e desenvolvimento, o acesso facilitado a informações, os recursos maciços investidos em inovação e centenas de publicações científicas, não seja capaz de gerar ideias revolucionárias, como aquelas desenvolvidas em outros tempos por Einstein, Freud e Marx.

Não somos menos inteligentes do que nossos ancestrais. A razão para a esqualidez de nossas ideias, segundo o autor, é que vivemos em um mundo no qual ideias que não podem ser rapidamente transformadas em negócios e lucros são relegadas às margens. Tal condição é acompanhada pelo declínio dos ideais iluministas – o primado da razão, da ciência e da lógica – e a ascensão da superstição, da fé e da ortodoxia. Nossos avanços tecnológicos são notáveis, porém estamos retrocedendo, trocando modos avançados de pensamento por modos primitivos.

Gabler critica o afastamento das universidades do mundo real, operando como grandes burocracias e valorizando o trabalho hiperespecializado em detrimento da ousadia. Critica também o culto da mídia por pseudoespecialistas, que defendem ideias pretensamente impactantes, porém inócuas.

No entanto, o autor aponta que a principal causa da debilidade das nossas ideias é o excesso de informações. Antes, nós coletávamos informações para construir conhecimento. Procurávamos compreender o mundo. Hoje, graças à internet, temos acesso facilitado a qualquer informação, de qualquer fonte, em qualquer parte do planeta. Colocamos a informação acima do conhecimento. Temos acesso a tantas informações que não temos tempo para processá-las.

Assim, somos induzidos a fazer delas um uso meramente instrumental: nós as usamos para nos manter à tona, para preencher nossas reuniões profissionais e nossas relações pessoais. Estamos substituindo as antigas conversas, com seu encadeamento de ideias e sua construção de sentidos, por simples trocas de informações. Saber, ou possuir informação, tornou-se mais importante do que conhecer; mais importante porque tem mais valor, porque nos mantêm à tona, conectados em nossas infinitas redes de pseudorrelações.
As novas gerações estão adotando maciçamente as mídias sociais, fazendo delas sua forma primária de comunicação. Para Glaber, tais mídias fomentam hábitos mentais que são opostos àqueles necessários para gerar ideias. Elas substituem raciocínios lógicos e argumentos por fragmentos de comunicação e opiniões descompromissadas.

O mesmo fenômeno atinge as gerações mais velhas. Nas empresas, muitos executivos passam parte considerável de seu tempo captando fragmentos de notícias sobre mercados, concorrentes e clientes. Seu comportamento é o mesmo no mundo virtual e no mundo real: eles navegam pela internet como navegam por reuniões de negócios. Vivem a colher informações e distribuí-las, sem vontade ou tempo para analisá-las. Tornam-se máquinas de captação e reprodução. À noite, em casa, repetem o comportamento nas mídias sociais. Seguem a vida dos amigos e dos amigos dos amigos; comunicam-se por uma orgia de imagens e frases curtas, signos cheios de significado e vazios de sentido.

O futuro aponta para a disponibilidade cada vez maior de informações. A consequência para a sociedade, segundo Gabler, é a desvalorização das ideias, dos pensadores e da ciência. A considerar a velocidade com que livros e outros textos estão sendo digitalizados e disponibilizados na internet, estamos no limiar de ter todas as informações existentes no mundo ao nosso dispor. O problema é que, quando chegarmos lá, não haverá mais ninguém para pensar a respeito delas.

Pode-se acusar o ensaísta de nostalgia infundada ou ludismo. Porém, ele não está só. Felizmente, há sempre um grupo de livres pensadores a se colocar contra o conformismo massacrante das modas tecnológicas e comportamentais, nesta e em outras eras."

domingo, 16 de outubro de 2011

Britânico acorda paralisado e é resgatado com a ajuda do Facebook


Trocar mensagens, postar e visualizar fotos, compartilhar links, informar-se das notícias que acontecem lá fora e também da vida dos amigos. Estas são algumas das possibilidades oferecidas pelas redes sociais. Mas a essa lista é preciso acrescentar uma nova função: salvar vidas. Foi exatamente isso o que fez o Facebook no último dia 9 de outubro.

Nesse dia, o fotógrafo britânico Peter Casaru (foto), de 59 anos, acordou paralisado em sua cama por conta de problemas na coluna (ele sofre espasmos nas costas desde uma queda de bicicleta há seis anos). Sem sentir as pernas, ele não conseguia se movimentar para chegar ao telefone e seu celular estava sem bateria. Chamar uma ambulância, parecia, então, ser uma missão impossível.

Porém, ele se lembrou do laptop. Após levar uma hora para rastejar até o computador, nele conseguiu escrever uma mensagem para seus contatos do Facebook: "Alguém ligue para a emergência, preciso de uma ambulância agora. Fraturei as costas. Estou preso no chão. Sem celular e óculos, digitando no laptop. Por favor, me ajudem", digitou.

A estratégia deu certo. De acordo com o jornal The New Zealand Herald, um vizinho dele, que estava a apenas seis milhas de Brecon, onde vive o fotógrafo, ligou para a emergência. E, em menos de vinte minutos, duas ambulâncias chegaram à casa de Peter Casaru. No hospital, ele recebeu a notícia de que poderia até ter morrido se não tivesse sido resgatado.