Pesquisadores têm questionado os efeitos causados pela Internet ao desenvolvimento mental e ao raciocínio das pessoas, é o que destacou a revista Época em edição recente (31/10/2011 - Ed. 702). Para esse grupo de estudiosos, estamos nos tornando cada vez mais distraídos – e mais burros – por causa do uso excessivo dos aparelhos digitais.
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No livro The shallows – What the internet is doing to our brains (Os superficiais – O que a internet está fazendo com nossos cérebros, ainda sem tradução no Brasil), o escritor americano Nicholas Carr faz uma acusação seríssima: a exposição constante às mídias digitais está mudando, para pior, a forma como pensamos. E não é só ele que pensa assim. Outros autores, também respeitáveis na área, também acreditam que o uso excessivo do computador e de outros meios digitais tem alterado os nossos cérebros e está nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos.
Uma das sustentações dos pesquisadores é algo um tanto quanto evidente: dedicamos mais tempo à Internet e à sua imensidão de conteúdos que à leitura de livros e de textos mais densos. “Indivíduos que não sabem praticamente nada de história, que nunca leram um livro nem visitaram um museu não têm mais do que se envergonhar. Tornaram-se comuns”, afirma Mark Bauerlein, autor de The dumbest generation (A geração mais estúpida).
Outra autora que constribui com a reflexão sobre os efeitos da internet é a jornalista Maggie Jackson. Para ela, os mais jovens estão acostumados, por culpa da Internet e do uso de celulares, à leitura desatenta de textos cada dia mais breves e estilisticamente mais pobres.
Vale lembrar que, em outros tempos, outras tecnologias também preocuparam especialistas (e ainda preocupam), como os games e a televisão, tanto que o grupo Titãs diz, desde 1985, "a televisão me deixou burro, muito burro demais".
Leia também: A Internet nos deixa estúpidos: entrevista com Mark Bauerlein
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