segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre a misoginia no Jogos Online



Um artigo recente do New York Times chamou atenção para o  assédio que muitas mulheres vivem em comunidades de jogos online. Assédio na internet é um fenômeno tão antigo quanto os jogos online, mas, o que chama atenção é a violência que tem acontecido a partir das denúncias sobre esse tipo de problema. 

Desde maio deste ano, a feminista Anita Sarkeesian, realiza uma campanha para angariar dinheiro com objetivo de examinar tropos misóginos nos jogos e documentar como as mulheres são retratadas em games. Suas páginas no YouTube e no Facebook foram imediatamente inundada com comentários cheios de ódio, além de receber ameaças pessoais violentas. A agressão chegou a tal ponto, que criaram um game cujo único objetivo era exterminá-la.

Pesquisas americanas mostram que o percentual de mulherem em jogos online varia de 12% para cerca da metade do número de usuários, dependendo do tipo de jogo. Estatísticas da indústria da Entertainment Software Association dizem que 47% dos jogadores são mulheres, mas não há como confirmar esses dados em função dos próprios avatares. 

Mulheres do mundo inteiro relatam ameaças sexuais, insultos e agressões. Em sites como NotIntheKitchenAnymore.com ou FatUglyorSlutty.com, as mulheres são recebidas com mensagens abusivas, como "Cadela", "Vagabunda" ou "Vá para a cozinha e pare de jogar".

A misoginia não é limitada aos consumidores de jogos virtuais, mas há que se preocupar com as dimensões dessa violência nesses ambientes. Estas atitudes afetam também as mulheres que trabalham na indústria dos games, estudandes de game designer e as geeks que participam de eventos sobre os jogos.

O assédio é usado até como técnica para desestabilizar as competidoras em eventos de games. Depois de ouvir as jogadoras, a Microsoft confirmou que está trabalhando para a melhoria de suas ferramentas e monitorar o asséfio contra as mulheres em suas comunidades. 

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