Cresce a "feminização" da internet

As mulheres estão cada vez mais presentes na internet, que, como quase tudo em tecnologia, era um antigo reduto masculino. Segundo um estudo realizado pela Ofcom, mulheres estão gastando mais tempo online do que os homens. Com o objetivo de se concentrar sobre as tendências e desenvolvimentos do mercado de comunicação, o estudo revela que se comunicar com os amigos é o principal uso desta chamada "feminização" da internet.

Para o diretor do grupo Ofcom, Adam Baum, a razão por trás do aumento do público feminino na web se deve a ascensão dos sites de relacionamento. O tempo que as pessoas gastam em sites como MySpace, Bebo e Facebook é maior do que nos tradicionais sites, pois a interação entre os usuários também aumentou.

Os resultados da pesquisa servem para tirar os estereótipos sobre a dominação masculina no ambiente web, pois a internet já entrou na rotina das mulheres, não só no local de trabalho, mas também em seu tempo livre. Se o uso da tecnologia antes era uma barreira para as mulheres, hoje não é mais. Mas, a que se deve essa mudança de comportamento? Os pesquisadores acreditam que hoje em dia, existem opções mais interessantes na web para a mulher interagir do que no passado.


No Brasil, pesquisa realizada pelo Interactive Advertising Bureau, mostrou que mais de 40% dos entrevistados passa ao menos duas horas/dia navegando na internet por vários dispositivos, enquanto só 25% passaram o mesmo tempo assistindo TV. A internet foi a atividade preferida por todas as faixas etárias (62%), de renda, gênero e região em caso de pouco tempo livre. Além de ter sido considerado o meio mais importante para 82% dos entrevistados, sendo 85% mulheres e 79% homens.