segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mulheres dominam rede, mas ainda são menos influentes



As mulheres dominam as mídias sociais. Isso não é mais novidade para ninguém. No entanto, quando se trata de dar opinião, as mulheres parecem ter menos influência nas redes sociais. Na semana que passou, a revista americana Foreign Policy listou as 100 pessoas que valem a pena seguir no Twitter e apenas 12 mulheres constavam nesta lista. Num rancking recente da revista Newsweek, dos dez melhores "opinionists digitais" apenas uma mulher foi citada: Arianna Huffington, co-fundadora do site de notícias The Huffington Post.

No Brasil, a situação é um pouco diferente. Na lista dos 10 perfis do Twitter com mais influência política, três são mulheres: a presidente Dilma Rousseff, a ex-candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha, e Miriam Leitão. Os primeiros colocados são: o perfil do jornalista Ricardo Noblat ficou em 1º lugar e o do filósofo e escritor Leonardo Boff em 2º. O ranking foi elaborado pela Gabriel Rossi Consultoria, empresa especializada em marketing digital e político, e a Socialmetrix, que trabalha com o desenvolvimento de tecnologia para monitoramento de redes.


E o que dizer sobre isso? As vozes femininas estão em desvantagem em conversas sobre Política, Economia e Relações Exteriores porque os homens ainda são a maioria nessa função, tanto nas novas quanto na velha mídia. Ou seja, essas listas refletem apenas uma realidade: existem menos mulheres especialistas nesses assuntos do que homens.

Jornalismo
Também não podemos esquecer que há uma sub-representação das vozes femininas no jornalismo opinativo. Quer ver? Abra o jornal e veja a proporção de colunistas masculinos em relação as femininas. Há uma crença generalizada que os homens passam mais credibilidade do que as mulheres nesses dominio. Portanto, a desigualdade entre formadores de opinião tem a ver com diferenças de gênero mais amplas.

O jornalismo reproduz na sua dinâmica competências distintas para ambos os sexos. Dessa forma, as mulheres eram vistas como mais aptas para falar sobre sexualidade, familia, aborto, moda, comportamento, estilo e relações afetivas. Enquanto os homens encarnao papel de formadores de opinião nos assuntos ligados a politica externa, conflitos sociopoliticos e economia E vistos, portanto, como mais legitimos a falar sobre esses assuntos.

Precisamos ficar atentos a essa segmentação porque as novas mídias têm potencial para se tornarem uma fonte verdadeiramente democrática de notícias, subvertendo antigas tradições do Jornalismo e transformando os papéis. 




2 comentários:

  1. Estamos mudando isto,principalmente na questão #Somos Todos GuaraniKaiowa...

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  2. É verdade. Nessa campanha da Guarani Kaiowá existem muitas mulheres à frente. Mas precisamos de muito mais para mudar a nossa realidade.

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