terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Internautas fazem abaixo-assinado contra acordo mundial que pretende controlar a internet


Manifestantes em várias partes do mundo fazem um abaixo-assinado contra mais um acordo que pode restringir os conteúdos acessados na internet. O Acordo Comercial Anti-Pirataria (da sigla em inglês ACTA- Anti-Counterfeiting Trade Agreement) é a mais nova investida de alguns países, com loby da indústria de entretenimento e de grandes corporações, que visa punir qualquer pessoa que compartilhe arquivos que sejam considerados “piratas” ou até mesmo que compartilhe um simples artigo de jornal na rede.

O abaixo-assinado está sendo organizado pela ONG internacional Avaaz e deverá ser entregue antes da votação do ACTA pelo Parlamento Europeu em junho, que acontece em Bruxelas, na Bélgica. São esperadas pelo menos 500 mil assinaturas.


O acordo é visto pelos internautas como arbitrário, já que foi negociado secretamente e sem discussão com a sociedade civil organizada. Críticos dizem também que se o ACTA for aprovado, vai haver restrições severas à liberdade na Internet, consequentemente à liberdade de expressão e invasão de privacidade aos internautas, que poderiam ser punidos até mesmo com prisão. O Brasil já se posicionou contra e considera o ACTA unilateral e com pouca legitimidade.

O ACTA começou a ser negociado em 2008 pelos Estados Unidos, Austrália, União Européia, Japão, Canadá, México, Marrocos, Nova Zelândia, Coréia do Sul, Singapura e Suíça. Até o momento pelo menos 30 países já assinaram o acordo, somente na União Européia já são 22 países. Na semana passada vários protestos irromperam em Varsóvia após a aprovação do ACTA na Polônia. Um dos primeiros países a assinar o acordo foram os Estados Unidos, em outubro de 2011.

Com informações: www.avaaz.org; http://www.aljazeera.com/ ; www.g1.com.br

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