A exploração do acontecimento não se restringiu aos jornais, a televisão e a internet - em webjornais, sites de notícias e blogs - também exploraram ao máximo vídeos e fotos de Gaddafi ensanguentado, encurralado pelos "rebeldes" ou o seu cadáver em exposição. Nas devidas proporções, o mesmo aconteceu quando Saddan Hussein foi preso e depois morto e há poucos meses com a morte de Osama Bin Laden.
Tradicionalmente, a publicação de pessoas mortas ou em sofrimento deveria geral polêmica dentro das redações. Em seu lugar toma forma o que o jornal inglês The Guardian chama de culto a uma morte pornô. Uma exposição sem precedentes de fotos e vídeos de forma vísceral. Isso porque, para alguns meios de comunicação, a essas pessoas não se reserva o direito à privacidade na hora da morte. Vale mais vender jornal a todo custo, obter a maior audiência ou o maior número de acessos à web.
Alternativas são possíveis a um jornalismo de qualidade. Alguns jornais provaram que sim. Criaram capas que contam a morte de Muammar Gaddafi, mas preservam seu direito a uma morte privada, evitando a exploração grotesca da violência. Veja a diferença entre noticiar e sensacionalizar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário