segunda-feira, 21 de novembro de 2011

As mulheres realmente "invadiram" as empresas de tecnologia?


Esse mês, jornais e sites de notícias comemoravam a "invação" das mulheres no Comando de Empresas de Tecnologia. As notícias motivadas, principalmente, pelo fato de Virginia Rometty assumir a liderança da IBM, traziam outros exemplos de grandes empresas de TI como HP, Intel e Google que são comandadas por mulheres.

O cenário é potencialmente animador, mas está muito longe de ser verdade. Em setembro último, o executivo Kathy Hill, da Cisco Systems Inc. (CSCO), anunciou na conferência de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em San Francisco, que a falta de mulheres nas empresas de tecnologia irá dificultar a competitividade das empresas dos EUA, deixando uma valiosa fonte de trabalhadoras à margem do mercado de trabalho. Enquanto as mulheres detêm cerca de metade dos empregos na economia americacana, elas representam menos de 25 % de trabalhadores nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA.

No Brasil, a empresa de recrutamento Catho Online apresentou uma pesquisa mostrando que as mulheres brasileiras, atualmente, representam apenas 12,5% do total de pessoas que trabalham no mercado tecnológico. O estudo realizado com 480 mil profissionais e 200 mil empresas (nacionais e internacionais) revelou que somente 22,91% das mulheres estão no principal cargo das organizações como CEO, presidente ou equivalente. Além disso, empresas com número de funcionários superior a 1,5 mil, o percentual de mulheres em cargos altos cai para 5,98%. Ou seja, o cenário está mudando, mas as mulheres continuam sendo minoria no quadro de executivos. Há ainda um longo percurso a seguir até se chegar a equidade de gênero nas empresas mundiais.

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