quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Conflitos na Síria matam dois jornalistas ocidentais


Fotógrafo francês Rémi Ochlik e repórter americana Marie Colvin: Foto Efe/Reuters
Um bombardeio na Síria matou dois jornalistas ocidentais nesta quarta-feira, 22, na cidade de Homs. A jornalista norte-americana, Marie Colvin, veterana como correspondente de guerra, e o repórter fotográfico Remi Ochilik foram atingidos por um bombardeio em um Centro de Imprensa. Ao menos outros três jornalistas ficaram feridos, segundo ativistas.

Marie Colvin trabalhava para o jornal britânico Sunday Times desde 1986. Veterana em cobertura de guerras, Colvin já havia perdido o seu olho esquerdo ao ser ferida durante os conflitos no Sri Lanka, em 2001. Em uma entrevista para a BBC nesta terça-feira, um dia antes de morrer, Colvin descreve a situação na Síria como “absolutamente revoltante”. Ela era a única jornalista de um jornal britânico trabalhando naquele país.


Já o fotógrafo Remi Ochilik era francês e fotografou as revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, durante a Primavera Árabe, que se estendeu até a Síria. Seus trabalhos eram publicados no Le Monde Magazine, Time magazine e no Wall Street Journal.

Segundo o Observatório de Direitos Humanos da Síria, desde março de 2011, quando os protestos para depor o regime de Bashar Al Assad eclodiram na cidade de Homs, epicentro das revoltas na Síria, mais 7.600 pessoas já morreram, sendo 5.542 civis e 1.692 soldados e policiais e 400 desertores das forças da ordem. Em 11 de janeiro o francês Gilles Jaquier foi o primeiro jornalista ocidental morto durante as revoltas na Síria.

Confira a última entrevista de Marie Colvin (em inglês).

Fontes: Folha de São Paulo, Al Jazeera, The Independent, BBC

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