quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Facebook será utilizado pela polícia alemã para encontrar criminosos e desaparecidos


Utilizar o Facebook para encontrar pessoas desaparecidas e procurar por criminosos e suspeitos: este é objetivo de um plano que a polícia alemã pretende colocar em prática em um futuro próximo no país.

O uso experimental de mídias sociais em investigações teve início em março de 2011 em Hannover, uma cidade ao norte da Alemanha, e, apesar das críticas recebidas por parte de alguns grupos de proteção de dados, obteve êxito e o projeto será expandido nacionalmente.

O sucesso do programa nesse primeiro momento é traduzido pela resolução de seis investigações criminais e dois casos de pessoas desaparecidas. Isso aconteceu após retratos-falados de suspeitos e imagens de circuitos fechados de televisão serem divulgados no Facebook — alguns dos casos chegaram a ser solucionados apenas algumas horas depois da publicação das informações na rede social de Mark Zuckerberg. Mas tal êxito não foi o suficiente para evitar as críticas ao projeto, como informa o jornal carioca O Globo em sua página na internet.


“Grupos de proteção de dados criticaram fortemente a publicação de fotos de suspeitos no Facebook durante o programa piloto iniciado no ano passado, argumentando que dados pessoais direcionados pelo Facebook poderiam acabar em servidores dos Estados Unidos, no caso a nuvem da rede social, fora da influência das leis de proteção de dados da União Europeia (UE).

O novo sistema irá direcionar os usuários do Facebook a um servidor da polícia através de um link específico. Entretanto, solucionar a questão técnica não é os suficiente para os críticos no país. 


Um dos comissários estaduais de proteção de dados na Alemanha, Joachim Wahlbrink, disse que isso não basta e a que decisão levaria à circulação na internet de informações pessoais sobre alemães, que nunca poderão ser completamente excluídas. Para o grupo de proteção, há um risco de estigmatizar os acusados e desaparecidos — sejam eles criminosos ou não”, diz a matéria publicada na última terça-feira (7).

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