quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Hoje não queremos mais linguagem de guerra, queremos conversar", diz especialista em internet

Gil Giardelli, CEO da Gaia Creative e professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), esteve  esta semana em Vitória da Conquista, cidade localizada a 500 km de Salvador, Bahia,  para realizar a palestra "Colaboração Humana, Inovação Coletiva e Social Good". Confira algumas das declarações do especialista no mundo digital dadas ao nosso blog.

EMPRESAS NA INTERNET
"Ter um site e uma rede social é como se sua loja ficasse aberta 24 horas por dia nos sete dias da semana e, para isso, é preciso estar disposto. Você pode fazer pães de mel com cupuaçu, sempre vai ter alguém, mesmo que do outro lado do mundo, querendo comprar, esse é o grande poder do social commerce".

EMPRESAS NAS REDES SOCIAIS
"Se a mídia social não for últil em serviço para a pessoa que está seguindo, ela não tem porque ter. É preciso agregar valor e serviço ao seu produto. Nas mídias sociais o desafio é, primeiro, não transformá-la em um SAC 2.0, depois, não fazer dela um grande outdoor com propagandas, em terceiro, lembrar de que é um grande relacionamento e uma conversa".


MERCADO X MUNDO DIGITAL
"Estamos vivendo um choque de gerações, de séculos, de hiatos, de formas de ver o mundo. Antes, um acadêmico tinha que pedir autorização para ter acesso a alguns livros numa grande universidade, conteúdos de extrema relevância ficavam presos em organizações e religiões. Agora tudo está aberto. Isso é o 'Triunfo da Transparência', que vai produzir pessoas melhores, mais engajadas e de mais entendimento. Não dá mais para usar métodos antigos, até no marketing, antes bombardeava o consumidor, acertava o target, cobertura total... Isso é linguagem de guerra, hoje não queremos mais linguagem de guerra, queremos conversar".

COMPORTAMENTO DO BRASILEIRO NAS REDES SOCIAIS
"Estamos na infância do uso das mídias sociais. Apesar de ser segundo no Facebook e o quarto país que mais lê blogs, a gente usa muito para as sutilezas da vida: compartilhar fotos dos amigos, dos animais... Nada contra isso, faz parte. Porém, está na hora de começar a criar o webativismo, o engajamento, usar as redes sociais para fazer educação, empreendedorismo e isso faz parte do amadurecimento da sociedade".

FIM DO FACEBOOK ATÉ  2020
"Não posso falar em anos, mas ferramentas como o Facebook passam, as pessoas cansam e ela vai perder a força. Não sei se acaba, pois tem um processo de inovação muito grande, diferente do Orkut. Pode ter uma vertente aí e se reinventar, porém eu não compraria ações do Facebook".

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